Todos têm seus compromissos, suas
responsabilidades, seus acertos e combinados.
Todos em maior ou menor grau devem saber de suas responsabilidades.
Todos os seres humanos e também os animais, em tese possuem sensibilidade para reconhecerem
seus compromissos. Os práticos e os invisíveis. Temos compromissos práticos,
agendas, horários, trabalho, metas, desempenho... E temos os invisíveis: os
resgates, a compaixão, o apoio, a caridade, a solidariedade, a afeição, a proteção
e o aprendizado.
Por outro lado, temos o livre
arbítrio. Ele está quase na camada da intuição, porém se manifesta pela razão.
Através do comportamento manifesto é possível a um observador mais cuidadoso
identificar a maturidade do livre arbítrio, o próprio principalmente. E é aí
que se saltam aos olhos os buracos. Os buracos ficam no lugar onde o livre
arbítrio funcionou inadequadamente. O ser, que faz parte do todos, inicialmente
intitulado neste texto, usou seu livre arbítrio para escolher a estrada
errada. Meu poeta favorito disse:
“Nada mais vai me
ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei”
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei”
Mas os buracos... Russo não contava
com os buracos. Eles ficam como rasgos na alma e no coração, como queimaduras
profundas e mesmo que sejam soterrados por restos de construção, que aqui
podemos entender todo o bagulho do dia-a-dia, incluindo os falsos prazeres e as
ilusões, ficam, fortes, as cicatrizes das quais o ser não poderá mais se
livrar.
O livre arbítrio o levou para a
estrada sem volta e passará o momento de não entrar. Não há retornos. Só na próxima
jornada.
Uma reflexão apressada, numa manhã de sábado.
Glaucia, hoje, agora.
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