Revela-se
a estranheza, como se não houvesse história. Estranheza angustiante, como se o
presente estivesse incrustado no
passado, que não mais voltará.
Estranheza
sem sinal precedente, sem planos, sem gosto sem velas, sem rezas. Uma estranheza
de estrada que segue para outras estradas ou de rio que vai para o mar
inevitavelmente.
Vela
ao vento, na direção do sempre ou do infinito, leva o poema, o poeta, as idéias,
os ideais, os iguais e os arremedos. Esmaecem no tempo desintegrando-se em mil
fagulhas de luz amarelas.
Amarelas,
amareladas, cartas na gaveta, gritando permanência na história, na memória, na
liberdade de seguir o sol. Só o sol eternamente vida na terra.