segunda-feira, 29 de abril de 2013

JANELA DA ESPERANÇA

Simone Lala - uma janela em Cuiabá

Ver os dias e passar
Comover os dias,
Como veros dias
Como vento a mover o relógio do tempo

Sonho solto, despenteado
Que seja fé, que seja paz
Se não,  arrogância sem fé

Espera da esperança
Vendo o tempo passar
Harmonia divina, acenando coragem.

Tempo  em cores brilhantes,
Esmaecidas no coração de espera
Espera sob uma janela
De vida, de portal, de tempo.

By Glaucia Ribeiro

quarta-feira, 24 de abril de 2013

ROSA DOS VENTOS




Soa a rosa dos ventos
Vibras rubros pensamentos
Funde-se e confunde-se  em sol
Sol dos ventos,

Espantalho mensageiro sem rosto leva coração em punho!

Sino dos tempos quando são meus os seus perfumes
Sentidos em tempos, em cantos, em pontos.

Amo te em mim e não  amo te que não seja eu em ti
Em outras paragens  confunde-se, funde-se

Estrela, rosa, sol dos ventos no tempo, sino, sinto, cismo, santo, anjo mensageiro

domingo, 21 de abril de 2013

UMA GRATA SURPRESA

lago- sitio bambuá- glaucia
Sol de verão ousado e acelerado 
Sol de vento ou ventania por dentro.
Sol de deserto, árabe e de sede.
Amarelo ouro ou chocolate.
Verde!
Mistério de mata e de mate!


 glaucia

quinta-feira, 18 de abril de 2013

ANDEI ERRADO


Eu também errei!
Errei como criança aprendendo as primeiras letras
Ou homem cheio de si, que não percebe as verdades
Como o cego por ruas estranhas, tropecei  e cai
Sem guia, sem cheiro, sem a dama de companhia.
Em frente novos caminhos, novas calçadas, novas escolhas
Para novas batalhas,  vou me  em uma guerra sem vencedores

quarta-feira, 17 de abril de 2013

PARTES


Uma parte de mim (parafraseando Montenegro) quer a alegria de viver
A outra parte também
Uma parte de mim sabe deixar (se) embora
A outra parte é inocente, prende
Um lado de mim, acredita na verdade
O outro lado se equivoca, mente
Um espaço de meu universo é de fantasia
O outro é solidão, paixão
Uma face de mim é bondade
A outra face rejeição, ou não
... E todas as estradas chegarão ao seu destino neste vôo de cores sonhado.
Glaucia

terça-feira, 16 de abril de 2013

MISTÉRIO SAGRADO


Ordem desajustada de todas as coisas
Cobre o espaço perfeito no canto sagrado, fechado ao profano.
Como dói o profano de todas as dores, de todos os amores, de todas as cores!
Sorva-me o dourado infinito de olhos e profundo sagrado, sacramentado, sobre o altar de deuses invisíveis.
Deuses inquebráveis no tempo,
Esfinge com suas mensagens secretas
Dimensão desconhecida de todas as terras, de todos os sonhos!
Delicado Sagrado de felinos mistérios.
Glaucia Ribeiro
abril/2013

 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

GENTE ASSIM


segunda-feira, 8 de abril de 2013

A BAILARINA E O PORTAL

Quem conhece os outros é inteligente. 
Quem conhece a si mesmo é iluminado. 
Quem vence os outros é forte. 
Quem vence a si mesmo é invencível.
Lao Tse


Para ser invencível é preciso coragem para passar pelo portal. Existe um portal.
Assustador promete nos levar para verdades insondáveis. 
Existe mesmo um portal, localizado no tempo ou no espaço do coração, com mapa de localização na alma. Exise um portal depois da lágrima, da dor e da mascara.
Portas largas de resistência invisível que  abertas... 
Como se fosse assim uma caixa de música. 
Uma bailarina de pernas longas girando na ponta dos pés sob um som suave, agudo e simples.
Apenas uma mágica bailarina...

Assim, é ser invencível. (eu acho...)
Glaucia, 07 de abril de 2013

domingo, 7 de abril de 2013

AUTO APRECIAÇÃO

Ando querendo mais que devia
Sonhando com o que não podia
Chorando o que não queria
Colhendo tudo que merecia
Apesar de tudo
Estou vivendo o que escolhi
em caminhos que não conheci
Voando por céus em que amanheci
Singrando mares de solidão

FANTASIAR É VIVER


visão do céu - nossa casinha - sitio
Amores são fantasias.
São fantasias?
Bombardeios de desejos transmutados
De todas as cores, tonalidades,  as flores
De todos os cinzas e gostos, o azul do horizonte.
 
Fantasiar é encantar (-se) com o improvável
Revigorar (-se) a energia do viver.
 
Gira a energia do corpo, fantasia.
Inteligência da alma.
Produto do sonho e não do delírio
Sonhar é fundamental.
Sonhe!
 
Faz (-se) belo para um o  bizarro dos outros
Vive (-se) saúde do crescer
 
Fantasiar é viajar pelo mais intimo do sonho
Vir de lugares desconhecidos pela razão,   
É saúde filosófica necessária ao viver.
Se não (se) fantasia não existe ou está morto.
O nada existe se não existe a fantasia.
 
 
 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

E OS SONHOS?


E os sonhos?
São  uma bobagem qualquer para fazer a vida mais suave
É tudo uma brincadeira de fazer a roda girar.
O mundo, é feito de cadeiras de rodas que não rodam nas calçadas
Da  grana  curta no final do mês ou logo no início mesmo.
A nossa sociedade consome subcultura como se fosse caviar, se lambuza.
Os bigbrother’s  invadem o seu lar
Não temos tempo para boa leitura
Os pais invadem estacionamento de cadeirante, por um momento apenas, na frente de seus filhos, os governantes de amanhã. Sonho? Apenas o que nos resta, já esmaecidos e amarelecidos pelo tempo.
E isto esta virando "crônica do cotidiano".

UM UNIVERSO POR UM PORTAL


Há um portal diante de mim. Preciso ultrapassá-lo... Do lado de lá estou eu mesma. Não sei se indo ou voltando. Aprendo-me, encontro- me num reencontro sem fim nem começo. Sem cessar busco-me e vou-me perdida de mim neste reencontro que me cansa.
  Não sei exatamente quando me perdi de mim há tempos em uma curva qualquer de rio. Sonho com o anjo que fala, sem fluência o que eu mesma entendo e falo. Sonho com um canto meu e o recomeço. Vou ficando melhor e escrevo.
Para as outras pessoas pois delas recebo   as energia de vida quando se emocionam.
Espero não seja isto vaidade, pois a isto chamo doação. Cada um doa o que tem.
Penso que o universo esta se abrindo devagar demais.











 
 
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

UM DIA COMUM EM MARÇO


 



Cheguei na escola para buscar meu filho ao meio dia e dez. Todas as vagas para PNE ocupadas. Não falei nada a principio, pois não sei se são pessoas que precisam como eu. Contudo, verifiquei que um dos carros tinha um senhor esperando ao volante. Perguntei se já estava saindo e ele não respondeu, como se não ouvisse. Achei um lugar qualquer, também errado, e adentrei rapidamente, não sem antes me desculpar, já que eu também estava “entravando” o transito e infringindo regras. Ao voltar passei pelo carro que ainda aguardava com meu filho em sua cadeira e apresentei: Este é meu filho. Ele já fazendo manobra para sair novamente me ignorou. Neste instante, chega a família (uma moças de uns 30 anos e 3 crianças de aproximadamente 9 anos) para embarcar no carro que estava estacionado na outra vaga. Tentei falar com ela, mas ela entrou no carro rapidamente e bateu a porta enquanto eu lhe dirigia a palavra. As crianças entraram rápido e fecharam o vidro. Fui embora com meu filho com meu coração saindo pela boca de tanta indignação.
Como é seria a questão da educação/inclusão neste pais. Como dói  a indiferença. São indiferentes pela ignorância. É muito pior.  É como o homem frente ao fogo quando não o conhecia, teme, foge. É preciso fugir para nao encarar as dores da sociedade. Para não encarar a necessidade de se fazer algo pelo outro. Para nao se comprometer. Igualmente a maioria das pessoas se comporta com os bichos, com as queimadas, com o lixo nas ruas, com as pequenas espertezas no trânsito, na fila, com o colega que cola na prova. Neste último caso, quem cola na prova é até elogiado. As vezes queria fugir de um mundo tão injusto, mas as vezes também me lembro do apoio que recebi quando precisei com meu filho a beira da morte. Pessoas do Brasil se movimentavam, faziam orações e até compramos medicamento importado de uma distribuidora sem depositar um centavo antes.  A atendente, chamada Renata, se solidarizou e colocou o produto no primeiro vôo na confiança de pagarmos depois.
As vezes sonho que uma pequena gota de cidadania, como abordar aqueles pais no estacionamento possa fazer a diferença. Talvez tenham fingido que não me viram ou ouviram e talvez conversem sobre o assunto no almoço.


 

PORTO SEGURO



Sou o porto seguro  de águas profundas e limpas.
Só, sou preso à margem a esperar pelo navegante.
De tão solidão quase morto renova-me o  vento,
Brisa  que zomba, zombeteira a sabotar a espera
Margem de terra firme, 
espera sua embarcação que hora tomba sedenta!
Porto seguro segura suas amarras, abriga suas forças.
Ciclos de sol e de lua, ventos e tempestades
Ainda está lá o porto que sou:
Refúgio de  mar bravio
Navegante a deriva