quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O MEDO




Medo do futuro, da morte, do desconhecido, do escuro...
Flor negra de  impossibilidade e  finitude.
Fantasia de perda. Perda, realidade do medo.
Medo que paralisa e também protege.
Cria o silêncio e pseudo fantasias
Medo é angústia da impotência, é prisão.
Mas, sobretudo, medo em movimento é coragem
Não tenha medo de você!
By Glaucia

VOLTE!


A esperança é como uma senhora rebelde. Tem dias que se vai de mim.
Vai pela sombra, devagar, longe. Nem posso vê-la mais. Perdeu-se em uma curva ou se consumiu no horizonte. É só (in) sanidade e o resto é apenas alienação.
E quando ela se foi, a respiração vai junto. Torno-me fugitivo de mim e a fugidia, a esperança faz de mim um caçador, no seu encalço na ânsia de preencher o espaço vazio.
Preciso de ti! Volte Esperança!
Glaucia

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

DE TEMPESTADE EM TEMPESTADE

De tanto viver, morrem-se os viveres nos dias que se seguem arrastados, lânguidos, suarentos antes das tempestades.

Como borboleta antes crisálida, morre-se lagarta, nasce borboleta.

E o sono vence o cansaço.

Chora-se a lágrima, sal de novo solo, semente de vida depois da tempestade.


Glaucia

28 de janeiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

OUÇA-O


Ouça-o como a um fado
Não é samba!
Não há o riso do repique!
Apenas o lamento na entonação
que cai...
Uma estranha forma de vida!
Tão triste (bela)
Tão bela, (triste...)
Soa a fado, não é samba!
Não há dança nas cadeiras, não há adereço nas cabeças
Apenas o coração que bate suave, inaudível, invisível
Sobrevive perene ainda que trágica:
Uma estranha (insana) forma de viver, insana (estranha)

RENASCIMENTO

Foto: Olívia Proença



Neste dia, além de agradecer por estar viva, por ter recebido a graça desta vida, sou grata por ter recebido a oportunidade de resgatar minhas dívidas e construir meu futuro.
Acabo de me lembrar que não  sou vítima de nada. Então peço a Deus apenas o direito de voltar todas as vezes que errar.
Como sou pequena em meu pensar, em meu querer,  em meu sonhar! Ainda bem que fazemos aniversário todos os dias.  Mais um dia...  Mais uma oportunidade de espera!
Minha vida sempre foi uma espera.
Boate na sala de casa ao som de Legião,  risos com amigas, poesias improvisadas e vontade de aprender.
Glaucia
21/01/2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

TIPO NARCISO




Confesso, não o reconheço
(Ou a mim mesma)
São inúmeras formas de se conhecer alguém
Descobrimos de que fruta gosta, que comidas prefere
O doce e o amargo
(de sua boca, de sua fala ou de sua alma),
Entendemos suas preferências na intimidade
(também, se doces ou amargas ),
Qual é seu sabor ou o seu sabor, ou o seu,
A textura da pele, a cor, o tom, o dom, da cor, o jeito de olhar,
(meio vesgo, meio torto), 
O tom de voz,
Identificamos o cheiro mesmo quando ausente
Ou quando se ouve a  música que curti
O que faz em suas horas de folga
Quem é o amigo para este ou aquele assunto
(Se ontem, se hoje ou se sempre)
Sobretudo, acompanhamos a  história,
Suas conquista e derrotas,
E então nos apaixonamos por um absoluto desconhecido
Um personagem saído do próprio imaginário
 Uma paixão por si própria - narcisico, puro, simples, fantástico.
By Glaucia - diante do desconhecido

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

VENHA ALEGRIA - QUE TAL?




Venha alegria, dance comigo aqui, neste salão.
Sorva de m’alma,  amanhã será de solidão!
Venha, condena-me  a  tristeza
Que há muito fiz encoberta;
Preferi a solidão enquanto acreditava  na ilusão
Melhor desfazer    que minha guerra perder
Esta noite desfiz-me de ti
Como lança afiada  ao desconhecido
Veio o sol com a coragem,
Aquecer-me o sonho do futuro

Inspirado no poema Dia de Libertação, de um grande compositor, mas principalmente um grande homem: Dú.
Glaucia
20 de janeiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

SAINDO DE CENA

"Ganhei muito, perdi demais, sonhei tudo, apostei todas as fichas, confie, zelei, deixei, relaxei... aprendi, acumulei lixo, colecionei insigh's, provoquei, desafiei... mandei pro inferno, fui a céu, desci na lama... fui sombra e
luz... agora dei uma faxina. Joguei tudo que não serviu fora, fiquei com a experiência, algumas amizades, algumas histórias para contar, alguns pequenos plano para recomeçar.
Vem os próximos capítulos. Sem ressentimentos, sem lenço, sem documentos, com o tempo, no vento..."
Glaucia
20/01/2013

O SAGRADO VÉU DE CAPELA


O SAGRADO VÉU DE CAPELA

Viver talvez seja rasgar um véu.
Sagrado véu que interpõe  sonho e  realidade,
Entre  vontade e  ação,
A  emoção e  devoção.
Como campo magnético, ou minado?
Véu de portal invisível
Disfarça  tempo em fatias (de passados e futuros)
Tira do chão  corações saudosos, afoitos!
Véu, força , resistência ao medo da longa espera (ou espreita?)
Estreitas estradas de destinos múltiplos
Das escolhas injustas.
Em frente ao portal do tempo,
Encoberto pelo véu!
Espaço e tempo de rasgar o viver de outrora
Outrora capela!
Outrora homem sagrado de Capela!
11/01/2013
Glaucia