sábado, 22 de setembro de 2012

EMPRESTIMO: DA SOLIDÃO DO POETA

De  infinita beleza, emocionante e silenciante, roubo os versos de um poeta não menos silencioso, calmante como poeta!

A SOLIDÃO DE UM POETA

A luz que gerou o poeta, disse:
“- Tu serás sozinho, sonhador,
andarás por campos floridos,
porém aos seus olhos,
descoloridos...”

A mesma luz, da mãe que gerou sua vida,
na escuridão, se apoderou escondida...
o futuro poético, é solitário....
seus conceitos, e pensamentos,
são diferentes, um simples atalho
para a chegada de um infinito,
que vem vazio....

O poeta nasceu solitário, se fez palavras,
conceituou, e não amou...
colocou em seus versos
em verbos adversos
e adjetivos contrários da felicidade...

O por do sol é o princípio de seu dia...
o racional é presente,
é raio que irradia,
a noite que cai contente....

Cadê a luz que gerou o poeta?
Não existe mais e sua chama
é incompleta....

Esse poeta é mesmo
um sonhador de pés no chão...
anda a esmo,
cantando a realidade, a solidão...
De pedra é o órgão mais cantado,
porém esquecido, largado,
não sabe dizer sim, apenas não,
é a palavra negativa
que sai do coração....

Eduardo de Sá Dehira

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