sexta-feira, 14 de setembro de 2012

DAMA PERDIDA - MARIA





Em confusão completamente perdida, sem rumo, e  sem noção. Maria que já não sente dor. Já não sente a dor, já não sente  tristeza, já não chora mais, já não sente dor...
Vazio e cansaço sem fim na luta com cheiro de tristeza  prenunciando a  morte como  um espaço em branco... Como folha de papel.  Folha a vagar, pesada, talvez em lama ou em orvalho. Folha caída de grande e alto galho, já murcha em busca de sobrevida.
A lama... Sábia  dos perigos de se banhar em lama. Lama fresca e macia, convidando à entrega e ao delírio. Não há  dúvidas, não é forte nem fraca. Apenas gente ou insana. 
Com  estomago apertado, fome, energia represada, luz que cega a tal dama, que dança em filetes alternados entre o bem e o mal. 
Quanto tempo perdido, quanto tempo desperdiçado em falsas e hipócritas bandeiras! Alta velocidade em curvas acentuadas de caminhos estreitos como  pássaro ferido, cambaleante em voo.

Glaucia - Set/2012

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