É semeadura de
amargor disfarçada na ilusão
Soltura de correntes, que arrastando em pensamento
É o nó de laço que não se desfaz e que se faz no tempo embaralhando
no vento
É mentira do arbítrio
caçoando a canção que canta no exílio
Liberdade, oh liberdade!
Que gosto tem além do mel ou do fel que jaz naquele caminho?
Prisioneiro da liberdade que provoca rebeldias insones e
incomuns
Liberdade do corpo
que arde em curvas de rio que corre
Chamas cercadas por labaredas
Liberdade da tristeza, manchada de saudade do tempo que não
se foi
Sê como brisa sem direção!
A quantas anda
liberdade?
Por onde esconde suas asas profanas de anjo caído (caindo)
Em vidas mal vividas a espera da alforria?
Voa liberdade, nas asas dos anjos de luz e traga o tempo em
ponteiros céleres
Proteja seus homens, deuses e semi-deuses que em devaneios
se perdem
Venha liberdade, em campos dourados de alecrim que pinta
almas de arco-íris
Faça sombra que acolham sombras interiores assim
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