domingo, 14 de julho de 2013

A PASSAGEM

Os anjos são como as estrelas, para serem vistos é preciso que as nuvens se dissipem.
Conheci um anjo, ele veio devagar, foi tomando conta, foi iluminando tudo, foi aquecendo, mas a passagem dele foi rápida. Deixou apenas o cheiro de jasmim.
Hoje  por detrás das nuvens, se esconde do nada.
Sentei-me aqui para ficar de olhos postos no céu e não perder uma possível aparição.
Mas o céu está nublado e o anjo com preguiça de se mexer.
Toda a brisa parou. O ar está seco, não há mais jasmim, nem jardim.
O vento não sopra, não há cor, nem som, nem dom...
Está tudo congelado a espera da volta do anjo que talvez nunca volte.

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