segunda-feira, 25 de março de 2013

ESTRANHEZA




Revela-se a estranheza, como se não houvesse história. Estranheza angustiante, como se o presente estivesse incrustado  no passado, que não mais voltará.
Estranheza sem sinal precedente, sem planos, sem gosto sem velas, sem rezas. Uma estranheza de estrada que segue para outras estradas ou de rio que vai para o mar inevitavelmente.
Vela ao vento, na direção do sempre ou do infinito, leva o poema, o poeta, as idéias, os ideais, os iguais e os arremedos. Esmaecem no tempo desintegrando-se em mil fagulhas de luz amarelas.
Amarelas, amareladas, cartas na gaveta, gritando permanência na história, na memória, na liberdade de seguir o sol. Só o sol eternamente vida na terra.


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