Silêncio...
Silencia toda uma alma. Ou duas. Ou seis?
Ouçamos
o canto da noite, o uivo do vento, a movimentação dos seres invisíveis na mata negra!
Criaturas divinas celebram a vida
Vultos transformam-se em
sombras gigantes cobrindo toda a floresta, nua, crua e imensa
(nú, cru, mágico!)
Depois o desfazer-se no brilho de pequeninas estrelas famintas de luz.
No interior, o calor.
Sensações, cheiros e emoções extra-humanas
exalando vida.
Primeiro o cheiro ácido
do vegetal, depois o cheiro doce animal.
De repente, o verde rasga o céu cega os olhos e idem as lentes de minha câmera,
que se recusa profanar o santuário.
Pequenos róseos, amarelos, vermelhos dançam
como falenas coloridas diante do sol.
Camada branca de orvalho banha-me os pés.
Pássaros me
dominam o espírito com seus cantos e assobios em sinfonia. Os cães se refestelam ao sol (e eu)
Eu! Choro baixinho com olhos postos em uma janela amarela.
por glaucia ribeiro em 10 de março de 2013
Lindo, Gáucia
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