Sob tanta informação, tantas ideias e tão poucos ideais, as
novas gerações movimentam-se freneticamente entre aulas, esportes, mídias sócias,
eventos e pouco tempo sobra para um passeio calmo, uma conversa edificante com alguém
mais experiente.
Conversar com o mais experiente parece obsoleto quanto temos
o pai de todas as experiências na ponta dos dedos, literalmente carregado em
iphones, ipeds, celulares, notes e outras tecnologias.
Nossos “velhos” já não sabem mais das coisas, suas ideias se
não foram registradas, estão obsoletas. E a arte, a arte não faz mais sentido. Ninguém
“curte” uma poesia, uma pintura que não venha de montagens e efeitos de
photoshop ou instagram.
Por outro lado, percebe-se uma carência coletiva de
profundidade que parece levar as pessoas jovens a uma ansiedade de viver tudo
de uma vez, como se faltasse ar, assumindo inúmeros eventos, conversas,
bate-papos, como se buscassem no meio de toda esta multidão algo que fizesse
sentido.
Buscam fora o que está por dentro. O estado mental conduz a
realidade, de forma a produzir
realizações. Quando formos capazes de educar nossos estados mentais,
seremos capazes de assumir e deliciarmo-nos com todas as alternativas que o
novo mundo nos oferece, com felicidade e ética.
glaucia, março / 2013
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