quarta-feira, 18 de setembro de 2013

ABANDONO

O abandono tem  cor prata reluzente,
Cheira a infinito
Ressoa inaudível
Absolutamente ensurdecedor.

Tem um gosto de nada,
Amargo tal qual o doce mais profundo
Gosto feito de vinho, de sangue
Tem o sal e o suor do medo

O abandono é algo meio assim sem dono,
Entardecer um sol inteiro e seus verdes,
Anoitecer uma lua inteira e suas sombras
Enternecer uma vida inteira e suas lanças.

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