segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ENCONTRO-ME




Encontro me em todos os instantes e em instantâneos de monóculos desgastados pelo tempo 
Ou no templo sagrado da história que longe se vai?
Em cada esquina, cada curva em que fui esquecida, (ou que me esqueci) encontro-me...
 em imagens ou sons desbotados
Como alças assimétricas sob nuvens disformes  ou  gotas de orvalho ao amanhecer ...
Ou quem sabe na aurora do dia que se vai longe, outrora?
Encontro-me no suspiro profundo de Deus, que beija a terra como brisa oceânica 
Ou talvez como tempestade em noite de escuridão.
Encontro-me como o barco que vai solitário ou mesmo numa pequena balsa a deriva
Em todos os instantes encontro-me. 
A esperar, parar, sonhar, levar ou chegar
Encontro-me ao esquecer-me em curvas e estradas sem destino, onde me perdi.
glaucia, fev de 2013

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