quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MAÇÃ COM PIMENTA

Tens o cheiro rubro de minhas maçãs!
Quente e sólido e o sangue a pulsar-me nas entranhas

Tens o gosto apimentado e voraz de meus sentidos
Fluída e ágil e onda a queimar-me o corpo

Sombras, penumbras, relógios e figuras tremulantes  testemunhas nas paredes

Tens o poder dos deuses escondido num canto escuro que se confunde em sala, quarto e cozinha.

Salve o ácido deste vinho,  a magia desta dor que cessa, se lambuza, se farta bravia e louca.

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